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Taverna da Emily Fray
Diário da Emily Fray, Registro 1
A terra fica mais seca a cada dia. Ela se desfaz em areia entre meus dedos. Limpo as gotas de suor da minha testa. Gotículas pálidas e cheias de lamento mancham o campo. Duvido que encontrem um caminho até as profundezas para alimentar as colheitas. Rezo em silêncio, pois meus lábios estão secos demais para falar... Mas consigo juntar forças para sorrir quando sirvo o pouco que tenho. Construí essa taverna com minhas próprias mãos... por isso, não posso descansar nem partir. Trabalharei nesta terra até o fim, como meus ancestrais fizeram antes de mim. — Emily Fray
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Diário da Emily Fray, Registro 2
O sol queimou as folhas. O que seria frutas e grãos no ano passado, hoje, não passa de cinzas. Sou a única pessoa que ainda é capaz de cultivar a terra (e pouco). Distribuí os últimos mantimentos e assei o último pão. Não há mais água para fazer sopa e nem cerveja para servir. Não há mais clientes, apenas pessoas em necessidade... cegos e cheios de bolhas causadas pelo sol. Esta seca é mesmo uma maldição dos Antigos? Será que os decepcionamos? Deixamos eles com raiva? Não posso deixar minha fé falhar... É tudo que me resta. — Emily Fray
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Diário da Emily Fray, Registro 3
Salvação! O povo de Lázuli do Leste reuniu sobreviventes para uma caravana liderada pela própria raia Jezmina. Quando ouvi seu discurso, vi o vento em seu cabelo... Eu sabia que seguiria. Com a chama da devoção e coragem, uma luz brilha forte em direção a novos começos. A rainha é admirável, determinada e persistente. Radiante. Bela. Aspiro ser como ela... inspirar as pessoas e animá-las como ela. Me dói deixar minha taverna, mas enquanto meu coração bater, eu construirei. Eu plantarei... e resistirei. Especialmente com a minha rainha liderando bravamente. — Emily Fray
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