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Alucinações com Gnomos de Jardim
Cavando a Própria Cova
Eu o vejo quando acordo A ponta daquele chapéu azul diabólico E que chapéu idiota é esse Tão pontudo, tão bobo, tão cheio de ódio Eu o vejo quando fecho meus olhos O sorriso malvado, a pá tremendo em suas mãos pequenas e enrugadas Eu o vejo cavando, cavando e cavando nos campos Ele quer me empurrar para dentro Ele quer me enterrar a sete palmos Mas eu não vou deixar esse demônio vencer. Essa cova que ele cava nos meus campos será a própria tumba dele! E então, quando ele se for, eu poderei dormir de novo. Dormir bem, com tranquilidade, e ninguém mais vai achar que enlouqueci.
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